Fui levar o iPad pra uma das autorizadas da Apple aqui de
Fortaleza. Antes da história tenho que esclarecer duas coisas. Primeira: sou no
José Walter, bairro pobre de Fortaleza; pobre assim, pobre normal, saca? Pobre
de um salário mínimo e meio, pobre. Mas não daqueles que passam fome. Enfim, e
a assistência técnica fica na Aldeota, bairro rico. Pronto, continuemos a
historia. Além da obvia mudança de aspecto das pistas e ruas que você passa
pelo trajeto, que faz você pensar que está entrando em uma outra cidade, o que
é mais ou menos isso, tem a diferença absurda de “conversa” das pessoas. Veja
bem, quando entrei na assistência técnica, fiquei um tanto quanto admirado,
porque eu nunca tinha visto uma loja tão “alto nível” quanto aquela. Me dirigi
até a assistência e ouvi a conversa de um senhor, que tinha aspecto de um Rei
ou lorde inglês dizendo que veio resolver um problema no iPhone da filha dele,
pois ela estava viajando... pra Parati. E ele falava tão natural que até me
senti “acuado”. Sabe quando você se sente um estranho no ambiente, pois é. Ai
lembrei de um quadro daquele Zorra Total, que não assisto, mas minha mãe
comenta sempre, que um pobre, com um iPhone, ou iPad, liga para o marido e
manda ele comprar queijo suíço para seu rato de estimação, e as pessoas acham estranho
a mulher, pobre(que acho que pedia esmolas), com um aparelho tão caro. O que é
meio uma critica aquela coisa de “só ricos podem ter isso, pobre tem que se
foder sempre”. Enfim, só comentei isso porque quando fui ser atendido fiquei
até meio receoso de dizer que moro no José Walter. Justamente porque o ambiente
te sugere a não fazer isso.
Esse texto não ficou “engraçado”, mas nem era pra ser, só quis
registrar esse fato um tanto quanto curioso, e os textos “engraçados”,
relembrando fatos passados, virão com o titulo “O dia em que eu...”. é isso,
até.
Esse é o Namaguederáz, do Jaspion.
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